Com o menor nível anunciado de risco país, o Brasil conquistou o título de Investment Grade. O tema ainda não é de conhecimento de todos, além de dividir opiniões. O Investment Grade é a recomendação de investimento. O Brasil caminhou a passos largos para conseguir o título de país seguro e ficar numa posição confortável em relação aos especuladores e investidores internacionais. A classificação é dada por letras que mostram como anda cada nação. As letras mostram o raio X e vão de AAA até D, da palavra Default, que significa que este mercado terá dificuldades em cumprir seus compromissos internacionais.
Segundo o analista Fausto Gouveia da Win, home broker da Alpes Corretora, a informação é passada pelas agências de risco, que recomendam ou não investir em um país. Fausto afirma que a relação auxilia os investidores e mostra a possibilidade de risco de cada nação, e que tem como objetivo evitar um possível calote.
O analista detalha e afirma que o grau de risco de investimentos é calculado pelos indicadores que medem o crescimento e a economia, como o Produto Interno Bruto (PIB) e outros fatores econômicos e macroeconômicos. A notícia divulgada pelas agencias de risco como Fitch, Standard & Poors e a Moodys atrai investidores estrangeiros para os países bem classificados. O Brasil agora faz parte de um grupo seleto de países seguros para investir.
O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou satisfeito e recebeu animado a notícia. Essa certificação significa que o Brasil passou a “ser considerado um país sério”. De acordo com Bernard Appy, secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, uma das conseqüências do ‘Investment Grade’ é reduzir o custo de capital, reduzir o custo de financiamento da dívida pública e estimular o investimento e uma maior solidez na contas fiscais do país.
Já para o analista de sistemas Wanderley Júnior, os jornais de hoje estampam o recorde de baixa atingido pelo risco Brasil e, nas últimas semanas, os meios de comunicação passaram a sensibilizar e animar o mercado e os empreendedores nessa direção. Wanderley não sabe dizer se este assunto afeta os exportadores.
Para a estagiária de administração Luciana Fares, o assunto, além de ser complexo, deve ter uma maior discussão. De certa forma, o termômetro dos noticiários são as rodas de amigos e as conversas em bares ou até mesmo em casa. "O tema está muito recente e para um país que passou por várias crises, o ideal é que este assunto seja mais explorado", completa a estudante. O aluno de Comunicação Marcos Paulo disse que não faz idéia do que possa ser Investment Grade e que, por isso, não gostaria de se aprofundar no assunto.
O tema causa divergência de opiniões. O fato é que este tal de Investment Grade não só afeta a classe empresarial como também é de extrema importância para o conhecimento de todos. Saber o que pode mudar, o que o Brasil ganha e onde pode afetar no bolso de cada um.